março 13, 2007
De Graça?
A expressão “Não existe almoço grátis” (There is no such a thing as a free lunch) foi criada pelo escritor Robert A. Heinlein no seu romance The moon is a harsch mistress. No entanto, quem a popularizou foi o economista e Nobel Milton Friedman. Ela é um lembrete direto de que os recursos produtivos são escassos, que para produzir mais de uma coisa é necessário produzir menos de outra. Por isso, os bens econômicos sempre têm um preço, embora esse preço nem sempre seja cobrado dos seus usuários. Não existe saúde, comida, transporte ou espetáculos de arte gratuitos. Todos esses itens consumiram o trabalho e os recursos de alguém para serem produzidos. Quando se diz que um bem ou serviço é grátis, na verdade, isso significa que ele foi oferecido a preço zero. Alguém ou você mesmo (como pagador de impostos) o financiou.
Não existe nada de fato gratuito, nenhum almoço grátis? Existe. Uma possibilidade de free lunch ocorre quando não há escassez. O ar é gratuito porque ele existe em quantidade suficiente para que todos possam respirar o quanto quiser sem limitar o consumo dos outros. Em qualquer situação em que um bem exista em tal fartura que possa ser usado por todos sem medida e sem racionamento, existe um almoço grátis.
Essas oportunidades são raras. Felizmente, existe um outro almoço grátis bem mais interessante. Quando descobrimos uma nova maneira de fazer as coisas, uma nova tecnologia, que nos permite produzir mais usando a mesma quantidade de esforço e de recursos, podemos desfrutar de um almoço grátis.
É claro, desenvolver novas maneiras de produzir, em geral, exige um esforço de pesquisa e desenvolvimento. Mas, às vezes, as idéias custam pouco. É o caso desse blog. Publicarei aqui o material que pesquiso para minhas aulas, mas que não tenho tempo ou instrumentos para apresentar em sala. Livros, links, citações, comentários, indicações de artigos interessantes serão a matéria-prima desse espaço. Colocá-los on line me custa um esforço pequeno. Quase um almoço grátis.
Espero que vocês gostem!
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Um comentário:
Boa explicação. Obrigado.
Maurício Fabião
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