A crise econômica atual tinha um componente diferente que servia para atenuar o sentimento de frustração do trabalhador comum (que não faz a menor idéia de como algo tão sério surgiu do “nada” e virou a economia de cabeça para baixo), os primeiros desempregados. As cenas de executivos de terno e gravata, deixando os arranha-céus de Manhattan com seus pertences em caixas de papelão eram ao menos inusitadas. Nada de redução de jornada, greve ou férias coletivas; os empregos tinha mesmo desaparecido, estavam mortos e enterrados. Mas adivinhe o quê? Eles ressuscitaram. Segundo a The Economist, o conhecimento acumulado pelos banqueiros ainda vale bastante, mesmo que eles tenham tido grande participação na criação do buraco em que a economia mundial se encontra. Talvez não faça muito sentido Wall Street dar a eles esta segunda chance, mas nem tudo o que não faz sentido precisa estar errado. O que ninguém pode entender é como o governo americano vai conseguir tirar mais dinheiro do contribuinte, para uma eventual terceira chance...
Estimativa do Congresso Americano para o orçamento de Obama
Um comentário:
O mais importante é o cidadão americano repensar seus hábitos de consumo, comprando apenas o que pode pagar, e voltando a economizar dinheiro. No passado, foi a população que financiou o pagamento de dívidas dos Estados Unidos com bonds. Essas dívidas, acumuladas para uma guerra ou similar, eram pagas rapidamente. Hoje em dia a maioria da população não tem poupança -- só dívidas, o que torna o país mais frágil e dependente do empréstimo externo, e menos apto a se recuperar.
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