O preconceito racial, assim como o sexual e religioso, é um problema. No entanto, não é algo que possa ser extinto por lei, mas pela tolerância e pelo conhecimento das situações de vida enfrentadas por quem o sofre; processo que leva tempo e é facilitado pelo surgimento das novas gerações neste mundo globalizado. O projeto de lei do estatuto da igualdade racial que está para ser votado é uma alternativa equivocada para lidar com o problema. A reserva de um número de vagas em diversas áreas para afro-descendentes é descabido e ineficiente; não elimina o preconceito, cria distorções de ordem econômica e ainda gera dificuldades para outras minorias não cobertas pela lei. Na área da educação, a política pública deveria concentrar-se em resolver o real problema: melhorar a qualidade do ensino que oferece, aí sim teremos condições de caminhar para um Brasil menos desigual.
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