De Alexandre Schwartsman, reforçando o coro de que o governo brasileiro expande seus gastos de forma permanente, espremendo os investimentos e pressionando a taxa de juros para cima. Assim, o avião brasileiro voa com uma turbina só, a injustamente mal falada política monetária:
o relógio quebrado, não interessa a hora do dia, marca sempre a mesma hora, enquanto a política fiscal no Brasil, independente do momento do ciclo econômico, estimula continuamente a demanda doméstica. Assim, da mesma forma que, duas vezes ao dia, o relógio quebrado aparenta mostrar a hora certa, a política fiscal brasileira, neste momento recessivo, parece apresentar o sinal correto. Ademais, assim como um relógio quebrado não é a melhor solução para saber a hora certa, também nosso arranjo da política fiscal não é o mais apropriado para lidar com o ciclo de negócios.
Segundo dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, o resultado primário do governo federal, corrigido pela inflação, encolheu cerca de R$ 32 bilhões nos quatro primeiros meses do ano relativamente ao mesmo período do ano passado. Destes, menos da metade (R$ 13 bilhões) se referem à queda da receita, associada à menor atividade econômica. A maior parte da expansão fiscal se deu pelo aumento do gasto público corrente (em torno de R$ 17,5 bilhões), enquanto parcela ínfima (pouco mais de R$ 1 bilhão) resultou do crescimento do investimento federal, a despeito da fanfarra em torno do PAC (…)
Nenhum comentário:
Postar um comentário